UMEI – Serviço público que da certo em BH

UMEI (Unidade Municipal de Educação Infantil) é a escola pública para crianças de 5 meses a 5 anos em Belo Horizonte.

Para ingressar na UMEI é necessário fazer a inscrição da criança para participar de um sorteio, não é nada fácil por ser muito concorrido. Já tínhamos tentado para o Danilo, meu filho mais velho duas vezes, mas infelizmente ele não foi sorteado e ficou em uma colocação muito ruim na fila de espera.

Esse ano, porém,  foi diferente, Danilo completou 4 anos e isso significa que o município é obrigado a ter uma vaga pra ele, por isso, solicitamos a matrícula e depois fomos informados que a vaga dele tinha saído em uma UMEI que está a pouco mais de 1 Km da nossa casa.

De todas que visitei ano passado, Danilo foi chamado na que eu mais gostei!

Como conseguimos essa vaga, Danilo saiu da escola particular que estudava há 2 anos, onde ele gostava muito dos colegas e professores e como eu já esperava (ele se adapta fácil) adorou a UMEI de imediato. Me surpreendi com o fato dele não ter tido resistência de estudar de manhã (esse era meu único receio em relação a essa mudança).

As referências que eu tinha sobre as UMEIs eram ótimas, mas ver de perto foi ainda melhor. A escola se preocupou em informar detalhadamente tudo nos primeiros dias de aula via bilhete, tendo contato direto com as professoras e por último criando um grupo no Whatsapp da turma dos meninos, onde recebemos informações e até fotos do que eles estão fazendo durante as aulas.

Na reunião de pais fomos apesentados a equipe de profissionais, plano de aula anual, que inclui projeto de culinária e até um intercâmbio com outra unidade, onde a princípio os alunos se relacionarão por cartas e fotografias até chegar o dia de conhecer pessoalmente esses colegas.

Na segunda semana os uniformes foram entregues: 2 camisas, 2 camisetas, 2 bermudas e 1 conjunto de frio e hoje o kit de material que o aluno deve ter em casa chegou: 1 caderno, 1 livro de literatura, 1 estojo com 3 lápis de escrever, 1 borracha, 1 apontador, 1 vidro de cola, 1 estojo de canetinhas, 1 caixa de giz de cera e l caixa de lápis de cor (todos os lápis e canetinhas do modelo jumbo).

Outra novidade na nossa rotina é que Danilo, além de receber o lanche, também almoça na escola, o que pra mim está sendo ótimo, pois ele está numa fase super seletiva com alimentos: só quer suco de limão ou uva, não quer comer nada verde e as verduras ou legumes só aceita se estiverem cozidas com molho. Me empenho para que isso mude, mas essas fases de crianças são assim, do mesmo jeito que começam de uma hora pra outra, acabam. A meu ver, Danilo almoçar com os colegas pode fazer com que essas “frescurinhas” acabem mais rápido, pois as crianças gostam muito de copiar umas as outras . Estou torcendo para que a maioria dos colegas comam todos os alimentos para contagiar meu pequeno, rs.

Ainda não completou o primeiro mês de aula, mas já tenho como fazer uma boa leitura do que já vivemos até aqui. Essa semana eu e minha família tivemos uma triste experiência com o SUS, até fiz um post no meu Facebook sobre isso. Então, pra não ser injusta em relatar apenas o que não funciona no serviço público, quero destacar o que tem dado certo,  meu desejo é que continuem ampliando o número de unidades para que mais crianças tenham acesso as UMEIs.

A maior parte das vagas (70%) é destinada às famílias inscritas e mais vulneráveis. Para seleção destas crianças há critérios que são transformados em pontuação. Quem realiza essa avaliação é um grupo de profissionais servidores da Prefeitura das políticas de saúde, educação e assistência social chamado de NIR – Núcleo Intersetorial Regional para seleção da Educação Infantil. A outra porcentagem das vagas, 30%, é colocada para sorteio entre todas as famílias não contempladas pela análise de vulnerabilidade.
Além disso, crianças com deficiência ou sob medida protetiva do judiciário, conselho tutelar e/ou promotoria tem as chamadas vagas compulsórias, são matriculadas independentes do sorteio ou análise de outras vulnerabilidades.

Este parágrafo foi adicionado pela Amanda Hirle, assistente social que trouxe esse rico acréscimo num post do blog no Facebook. Obrigada, Amanda!

*Por motivo de segurança achei melhor não mencionar em qual unidade Danilo está estudando, mas posso te dizer por e-mail se você quiser mais informações, é só me deixar seu endereço aqui nos comentários.

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