Antes de qualquer coisa aperte o play e entra no clima!!
Já comentei aqui que estava ansiosa para a estreia de Elis, quando comecei a ler as notícias na internet a respeito desse lançamento eu fui alimentando essa ansiedade, criando expectativa. Fui frustada e feliz ao assistir o filme.
Frustada porque o roteiro é um problema, na minha opinião. O filme tentou literalmente resumir aproximadamente 18 anos da vida de Elis, da adolescência a sua morte com 36 anos, nas 1 hora e 55 minutos de filme, para costurar tudo isso foi preciso pouca profundidade em algumas cenas, o que de alguma forma empobreceu o filme. Mas diante dos pontos que considero positivo isso é pouco, vale muito a pena assistir Elis.
O que me alegrou bastante foi a atuação de Andreia Horta, gente, era Elis na tela. A dança, a risada, o andar… A Elis que temos na memória estava ali encarnada na Andreia. Não como uma cópia, mas com uma interpretação autêntica e emocionante. Na verdade todo o elenco tem uma boa direção e interpretação, mas Andreia estava demais.
Emoção é outra coisa presente no filme, em muitos momentos essa emoção vem de forma bem clichê: o personagem está triste, a música é melancólica, se está feliz, a música expressa o mesmo. Por se tratar de um filme musical e biográfico já era de se esperar por isso.
Como já imaginava por ter assistido o trailer do filme, as questões políticas abordadas no filme nos causa uma certa vergonha, por saber que depois de quase 50 anos “nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”. Tudo bem, não leve ao pé da letra, há diferenças, mas as semelhanças nos traz uma identificação imediata.
A melhor cena pra mim, que não me sai da cabeça é a entrevista que Elis concede a uma rádio e diz sobre o aprisionamento dos artistas em relação as gravadoras, do quanto todos, artistas e público, são marionetes em suas mãos. Enquanto ouvia Elis, pensei em algo que diria a ela se pudesse. Transformei esses dizerem em uma carta.
Querida Elis,
Te ouço a muito tempo e me espanta saber que você se sentiu aprisionada mesmo tendo uma interpretação tão autêntica. Gostaria que você soubesse que as coisas mudaram um pouco, mas diante da vontade que você tinha de ser livre nas suas escolhas em relação a sua carreira, acredito que o que tenho a te dizer seja satisfatório.
Na era da internet as pessoas tem autonomia para dizer o que gostam, o que querem ouvir e porque dessa opinião, como toda regra há exceção, mas as tendências hoje são lançadas a partir do que o público dita e não mais o contrário como você citou ser nos anos 1980. A era da internet não é perfeita, existem milhões de falhas, mas ela nos dá voz. Eu, por exemplo, uma brasileira comum estou aqui opinando sobre o seu trabalho (e de toda equipe do filme). Talvez meus filhos façam observações ainda mais satisfatórias sobre a decisão de escolha num futuro próximo, mas em relação aos anos 80 (década que nasci) as coisas já mudaram demais.
Sobre a política nacional, continuamos querendo justiça.
De uma fã… Nathália
O filme acaba e a voz de Elis preenche a sala para que dentro de você exploda toda emoção guardada na voz da artista, isso faz você até mesmo se esquecer do que te incomodou durante o filme. Se eu tivesse que dar uma nota (de 0 a 5) avalio o filme como 3,5 por causa do roteiro, unicamente o roteiro. O restante me deixou satisfeita para uma obra musical biográfica.
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4 comentários em “Crítica: Elis – O Filme”
To doida pra ver tb!
Depois me conta o que você achou!!
Quero assistir também. Mas a atriz que faz a Elis realmente a semelhança é assustadora.
A Andreia Horta se parece muito com a Elis mesmo. Assite!!