Eu sempre fui aquela amiga que vivia o que muitas mulheres sonham quando o assunto é menstruação. Sem TPM, cólicas fracas (apenas no primeiro dia), fluxo moderado e um ciclo regular. Porém, de um ano para cá, tudo mudou.
No meu último check-up, brinquei com a minha ginecologista pedindo para “me virar do avesso”. As cólicas ficaram intensas, dores de cabeça constantes, um sono terrível e um mal-estar que me deixava na cama. Além disso, a TPM ficou descontrolada, aparecendo até 20 dias antes da menstruação. O ciclo, que sempre foi regular (30 dias), passou a variar entre 24 e 28 dias.
E por falar em ciclo e fluxo menstrual, uma dica de amiga. Eu que já usava coletor menstrual, estou comprando uma calcinha absorvente porque até isso mudou, se não me prevenir os acidentes acontecem.
Ovário Policístico? Menopausa precoce?
Suspeitei de Ovário Policístico. Minha médica, por sua vez, pensou em menopausa precoce. Isso parecia possível, já que minha mãe passou por isso aos 37 anos. Mas será que a causa foi emocional ou genética? Com 38 anos, eu estava na faixa etária para descobrir se carregava essa herança genética.
Felizmente, meus exames mostraram que estava tudo bem com meu útero, sem cistos e sem sinais de menopausa. Mas então, o que estava acontecendo com o meu corpo?
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Diagnóstico de Burnout
Alguns meses depois, fui diagnosticada com Burnout. Esse laudo explicava muito dos sintomas. Aceitei a resposta e foquei em cuidados para reequilibrar minha saúde física e emocional: exercícios físicos, medicamentos, terapia e uma mudança completa de rotina.
Sintomas persistem: o corpo está tentando dizer algo?
Recentemente, no período menstrual, voltei a sentir os sintomas desagradáveis: dores de cabeça, sensação de gripe, cólicas intensas e até febre. Achei que poderia estar com dengue, tamanha a dor no corpo, mas entendi que estava apenas enfrentando mais uma vez o impacto que a menstruação estava causando na minha vida.
Compartilhei a experiência nos stories e, para minha surpresa, muitas mulheres com quase 40 anos também estão enfrentando mudanças significativas no ciclo menstrual. Recebi diversos relatos de sintomas semelhantes, diagnósticos variados e adaptações nas rotinas.
O que vem agora?
Minha conclusão é que preciso buscar ajuda médica novamente. Minhas próximas paradas serão o endocrinologista e o nutricionista, além de uma nova consulta com a ginecologista, se necessário.
E você? Também está vivendo mudanças no ciclo menstrual ao se aproximar dos 40? Compartilhe nos comentários suas experiências. As trocas por aqui são sempre enriquecedoras.
Lembre-se: sempre consulte um médico para avaliar seus sintomas e obter um diagnóstico preciso.