O uso das telas e suas consequências no desenvolvimento da criança e no convívio familiar

Reflexão sobre o uso das telas para adultos e crianças, a moderação é fundamental para o convívio familiar.

O uso das telas já fazem parte do nosso cotidiano desde do acordar até a hora de dormir. E com isso, é utópico acreditar que seja possível “blindar” nossas crianças do acesso a elas no mundo tecnológico em que vivemos. Mas é um assunto polêmico e preocupante para especialistas e também para muitos pais.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou várias recomendações sobre o uso das telas e seus possíveis efeitos nocivos, de acordo com a idade e desenvolvimento cerebral, mental, cognitivo e psicossocial das crianças e adolescentes:

  • Até dois anos não tenham nenhum acesso às telas, principalmente durante as refeições ou antes de dormir;
  • Para crianças entre dois e cinco anos, o limite recomendado é de 1 hora diária;
  • Já as de seis anos não devem ter contato com jogos violentos;
  • Até os dez anos, nenhuma criança deve ter televisão ou computador nos próprios quartos para evitar a vulnerabilidade do acesso a conteúdo inapropriado.

tecnologia na infânciaPor outro lado, o uso das telas dominam tanto a nossa vida que se tornou comum no convívio social, adultos interagirem com o mundo através delas e o comportamento se repete nos momentos em que estão com seus filhos.

De acordo com um novo estudo realizado por psicólogos da Universidade de Indiana, os pais que ficam olhando o telefone enquanto estão nas horas livres com seus filhos podem criar os filhos com déficit de atenção. A pesquisa mostra que a atenção é totalmente afetada pela interação social.

tecnologia na infância“Os cuidadores que se mostram distraídos, ou cujos olhos não focam nos filhos enquanto brincam, parece ter um impacto negativo enorme na atenção dos bebês num estágio-chave do desenvolvimento”, disse o líder do estudo, Chen Yu. “Eles aprendem observando-nos a como ter uma conversa, como ler expressões faciais de outras pessoas. E se isso não está acontecendo, as crianças estão perdendo marcos importantes de desenvolvimento.”

Além disso, estudos mostram que as crianças estão pegando obsessão por tecnologia, por meio dos exemplos das mães e pais, e isso está começando a afetar a saúde mental e o desempenho escolar!

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“Há uma tendência alarmante de pais ignorando seus filhos de todas as idades, dando mais atenção a seus telefones e tablets do que os seus arredores imediatos.”

Consequentemente, as crianças podem sentir que não estão recebendo a atenção que precisam. “As crianças que necessitam de capacidade de resposta dos seus pais quando estão com raiva, tristes, frustradas ou animadas, agora acham que devem competir por isso, é quase como lidar com a rivalidade entre irmãos. Só que o rival é um novo dispositivo eletrônico. Esta tendência, se não for controlada, pode levar a problemas psicológicos.”

Como as crianças tendem a repetir o comportamento dos pais, os possíveis perigos para o desenvolvimento infantil na exposição constante ao uso das telas, segundo a SBP, são:

  • Aumentar a ansiedade;
  • Estimular um comportamento violento ou agressivo;
  • Causar transtornos de sono ou de alimentação;
  • Prejudicar o rendimento escolar;
  • Afetar relações em sociedade;
  • Facilitar o incentivo à sexualidade precoce;
  • Expor a criança precocemente a drogas, entre outros.

tecnologia na infânciaO uso das telas é frequente na nossa rotina, seja para acessar as redes sociais, assistir vídeos, filmes, ou para ter contato com as pessoas através de aplicativo de mensagens. O comportamento mais comum entre pais é usar também as redes como artifício de entretenimento com suas crianças para que consigam executar outras tarefas com tranquilidade ou mesmo para a criança ficar quieta.

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O mais importante é a busca por equilíbrio, respeitar as fases e os momentos de cada criança e que os pais tenham sempre consciência que eles devem ter controle da situação. A infância passa rápido e os filhos necessitam de seu cuidado e atenção. É preciso ter limites e se possível impor regras em família quanto ao uso das telas e das redes. Nada deve substituir a convivência em família, os momentos de interação com os filhos. Atenção, cuidado e carinho com os “pequenos” são fundamentais para a formação da criança e nenhuma tela ou tecnologia substitui isso.

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