Nosso relato sobre a primeira experiência usando a saúde pública em Portugal.
Ao contar todas as novidades que temos vivido aqui em Portugal, muitas amigas mães me respondiam dizendo conte sobre a educação e saúde pública em Portugal, eu sempre respondia que precisava experimentar primeiro para contar e assim que tivesse algo para dizer falaria e pra minha surpresa, fomos ao hospital antes da escola, algo que eu não imaginava, rs.
Estávamos num camping acampados com amigos num fim de semana em Lisboa (assunto pra outro post) e Danilo, empolgado brincando com o amigo tropeçou e caiu ao nosso lado, dentro da cabana, bateu o queixo no chão e esse abriu sangrando imediatamente.
Uma enfermeira muito querida foi chamada para nos ajudar e ela, Ana, nos disse que aqui em Portugal se usa uma cola ao invés de sutura em situações como a do Danilo, mas ela não tinha os materiais necessários com ela e por isso fomos para o hospital da Amadora, o mais próximo de onde estávamos, a Ana e o Wesley (amigo de infância do meu marido que mora aqui há muitos anos) me acompanhou o tempo todo, Dani ficou com Henrique.
Eram 20:50 horas e ao chegar na recepção do hospital entreguei o passaporte do Danilo e expliquei o que acontecera, a atendente preencheu toda a papelada e eu a informei que tenho o PB4, mas que estava sem ele naquele momento. Ela me entregou 2 papéis e me explicou que o atendimento seria de 85 euros se eu não apresentasse algum tipo de seguro ou PB4, mas que o mesmo não precisava ser entregue naquele momento, teríamos 11 dias para apresentá-los no hospital e imediatamente não teríamos mais nenhuma dívida com o país.
Achei que ela me pediria um cartão de crédito ou a quantia em dinheiro para ser devolvida depois, mas não, nada além da minha assinatura foi necessária. Em 1 hora passamos por 3 profissionais.
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Sim, estávamos usando a saúde pública em Portugal e foi nos cobrado um valor, isso acontece porque até mesmo o que é público existe uma co-participação do cidadão para ser usado. Claro que essa não é a tabela para um português ou residentes legais. Para crianças até 12 anos nunca se cobra nada, apenas os estrangeiros que não residem e logo, não pagam impostos no país.
Os portugueses e residentes (que é meu caso), pagam uma pequena participação quando se trata de atendimento, exames ou qualquer procedimento médico para maiores de 12 anos, mas os valores são baixos, algo em torno de 2 a 15 euros.
Na triagem me pediram para acordar o Danilo para certificar que todos os seus reflexos estavam bons, na segunda consulta uma enfermeira examinou para saber se a arcada dentária dele estava intacta, pois ao bater o queixo no chão ele reclamou de dor no maxilar e por último passamos em uma médica que tentou em todo momento falar “brasileiro” conosco: “oi cara, como você está?” rs.
A doutora colou o machucado, Danilo não chorou porque ficou bem feliz em não ter que usar agulha. As 22 horas estávamos voltando para o acampamento.
A saúde pública em Portugal é de fato eficiente e fomos felizes por termos sido atendidos por pessoas muito humanas, nos olharam nos olhos, nos acolheram como estrangeiros explicando com detalhes como se faz cada coisa aqui.
Como tínhamos compromisso nos dias seguintes, entregamos o nosso PB4 na recepção do hospital da Amadora alguns dias depois e a dívida foi anulada.
Graças a Deus, tivemos a chance de experimentar a saúde pública de Portugal numa situação simples, acidentes comuns na infância, espero não precisar deles para grandes problemas de saúde, mas se for necessário vi que estamos em boas mãos.
4 comentários em “Saúde pública em Portugal – Nossa experiência”
Sem palavras..Brasil? Que país é esse…..
Que bacana Nathalia!
Que maravilha!
Afff fiquei tensa até chegar nos finalmente….Graças a Deus que ta tudo certo! Beijos nosso! !