O sono infantil é o reflexo do dia da criança, o filho pede por limite e o pais lhes oferecem esse cuidado estabelecendo uma rotina diária.
Já comentei aqui semana passada, que escreveria um post sobre a palestra que fui no dia 21 de janeiro com a consultora de sono, Debora Coghi sobre: A relevância do ritmo diário e seu impacto no sono infantil. Então, espero que essas orientações te ajude!
Rotina é a palavra chave para o sucesso do sono infantil, mas muitas pessoas encaram essas “atividades repetitivas” como um aprisionamento para os pais, se você pensa assim te convido a mudar sua forma de encarar as coisas, a resposta a implementação de novos hábitos vai fazer tudo valer a pena!
“Educar da trabalho e a cada fase da criança você encara novos desafios.
Quando o bebê cresce a mãe diminui o cansaço físico e aumenta o mental”.
As pessoas que fazem parte do convívio do seu filho têm que estar em sintonia e pensar junto com você: pai, babá, professoras, pois, quando você toma a decisão de implementar uma nova rotina precisa do apoio de todos, isso se aplica a alimentação, nos horários estabelecidos para cada atividade e etc.
O adulto que está lidando com a criança tem que está seguro porque a criança sente e a “manipula” para fazer o que ela quer e não o que deve ser na rotina.
Pediatra: José Martins Filho
Com 12 meses a criança tem o salto de desenvolvimento onde adquire mais autonomia.
Dentro da antroposofia o ritmo diário infantil é o ritmo da inspiração com expiração. É necessário um momento de expansão (brincar livre: correr – precisamente ao ar livre) e outro de concentração (tudo que requer foco: mamar, modelar massinha, montar bloco).
A liberdade é dada na atividade de expansão e não de concentração. Você pode colocar um despertador para tocar dentro de “x” minutos e dizer à criança que nesse período você vai estar inteira pra ele, mas quando o despertador tocar a mamãe vai sair para fazer tal atividade e a criança brincará sozinha.
Quanto menor a criança maior é o tempo de expansão. Após atividades de concentração a criança implora por limite físico e emocional.
Só damos liberdade pra criança num processo que ele domina. Por exemplo: uma criança de 2 anos só pode tomar 2 decisões por dia. Essa indicação é calculada de acordo com o número de anos da criança. Ofereça as opções baseadas nas escolhas que você quer (você dirige a situação), assim, quando você a oferece qual roupa ela quer colocar ela não tem a alternativa de ir vestida com o pijama, por exemplo, rs.
Outra opção muito boa também e que é maravilhosa para evitar birras é na hora do parquinho, você pode perguntar: “filho, vamos embora agora ou daqui 5 minutinhos?”.
Por falar em birra, algo muito importante e destacado pela Debora na palestra foi a fala do Dr. Havey Karp:“Quem está mais emotivo, com mais emoções, fala primeiro”. Seguir este conselho é fundamental para um momento de choro intenso da criança, muitas vezes nós, adultos, inibimos um choro que deveria ser acolhido, é preciso fazer uma leitura do que levou aquele momento e como ele deve ser administrado: o melhor talvez pode ser deixar seu filho sozinho, abraçá-lo, conversar ou apenas ficar ao seu lado. Fazendo essa leitura as emoções sofrem o impacto que deveriam e depois tudo volta ao normal.
Muitas vezes o choro pode ocorrer no momento do sono, pois se você decidiu ensinar seu filho a dormir, ou seja, pegar no sono sem ser ninado ou mamando, ele pode responder com um choro de frustração, mas a leitura de que choro é esse pode te ajudar a ter um resultado positivo. Acolha seu filho tendo em mente que um sono infantil de qualidade fará bem a todos da sua família.
É necessário uma postura na hora de dormir. Entre no quarto, diga para seu filho deitar, sente ao seu lado, cante (ou faça uma rotina: oração, história). Quando seu filho estiver calmo, quase dormindo, saia do quarto, se for necessário voltar, volte, mas se mantenha próxima a ele, não amamente ou dê mamadeira se o problema não é sono, siga a rotina.
Com 1 ano e 10 meses a criança começa a querer pedir por limite, logo, se ela dormia e começa a acordar querendo colo e você cede ao invés de dizer que é hora de dormir, você estabelece limites e a criança atende. Se a criança já sabe a regra do jogo, quando ela chora num momento específico ele está perguntando se os limites continuam. Precisamos entender o que é uma necessidade para ser atendida ou apenas uma pirraça.
A transição da soneca geralmente acontece entre 1 ano e 4 meses a 1 ano e 6 meses. Ela deve ser marcada pelo sono noturno, se o sono da noite está bom a soneca da manhã deve acontecer, mas se a noite começa a ter problemas é necessário aos poucos ir diminuindo as sonecas da manhã até que só seja suficiente o sono da tarde. Soneca da manhã deve ser de no máximo 1 hora para bebês até 12 meses e após isso pode chegar a apenas 20 minutos. A soneca da tarde deve ser de no máximo 2 horas.
Até 2 anos a criança aguenta no máximo 5 horas acordada. Se ultrapassa esse limite ela dará mais trabalho para dormir.
Todas essas dicas são para crianças acima de 12 meses, porém, cada criança é única, por isso, nem tudo deve ser aplicado apenas baseado na idade dela. Por exemplo, aqui em casa ainda preciso ficar ao lado do Henrique até que ele pegue no sono, não posso sair com ele acordado, ele já tem 1 ano e 7 meses, mas sei de meninos com a mesma idade ou até menos que não precisam de companhia para pegar no sono.
Leia, reflita, filtre o que serve para sua família e desfrute de um dia mais leve e noites mais tranquilas.
Ainda terão mais postagens sobre essa palestra… Aguardem!
Sabe de alguma família que tem tido dificuldades com o sono infantil? Então. compartilhe esse texto!
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